É uma doença crônica do esôfago causada por uma resposta imunológica a certos alimentos, e cujo principal sintoma é a disfagia (dificuldade ou dor para engolir).

A doença pode acometer crianças e adultos, e na população pediátrica o sintoma mais comum pode ser recusa alimentar. Em adultos os sintomas podem ser semelhantes a refluxo, com queimação e desconforto torácico, mas com a evolução da doença, o paciente pode ter dificuldade de engolir e sensação de que a comida fica parada no esôfago. A perda de peso é comum, e também a necessidade de mudar o tipo de comida para alimentos mais macios ou pastosos, além da ingestão de líquidos com as refeições.

A doença leva a um endurecimento das paredes esofágicas, que não mais se distendem para a passagem dos alimentos, e por isso é comum os pacientes apresentarem impactação alimentar (a comida fica literalmente entalada), sendo necessária a realização de uma endoscopia para retirar os alimentos.

O diagnóstico da doença é feito através da endoscopia digestiva alta, com os achados sugestivos, e confirmado através de biópsias esofágicas. O tratamento pode ser feito com IBPs (classe de medicamentos usados para tratar refluxo, mas que também tem uma ação anti-inflamatória na esofagite eosinofílica), ou com corticóides tópicos.

Como os sintomas da esofagite eosinofílica também podem ser sintomas de outras doenças, como por exemplo acalasia e até mesmo câncer de esôfago, recomendamos que toda pessoa com sintomas de dor ou dificuldade para engolir, perda de peso ou vômitos recorrentes procure um especialista para uma avaliação detalhada.

 

Dra Caroline Saad

CRM-Pr 20632

Gastroenterologia e Endoscopia Digestiva

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