Gastroenterologia

Helicobacter Pylori

por 6 de março de 2019 Sem comentários

O Helicobacter pylori, mais conhecido como H. pylori, é uma bactéria capaz de colonizar o estômago de humanos. A afeta cerca de 70 % da população brasileira e cerca de 50% da população mundial, sendo mais comum em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. É o agente mais comum de infecções crônicas do mundo.

Ela é adquirida através da ingestão de água ou alimentos contaminados, e uma vez que ela entra no nosso corpo, consegue se fixar na mucosa do estômago e lá pode fazer gastrite aguda, gastrite crônica, úlceras de estômago e de duodeno, podendo até mesmo levar ao desenvolvimento de câncer gástrico. Um tipo de linfoma, chamado linfoma MALT, é fortemente relacionado ao H. pylori, e a sua erradicação, nesses casos, é mandatória e, muitas vezes, curativa.

Muitas das pessoas contaminadas não vão apresentar sintomas, ou eles podem ser leves ou inespecíficos, como por exemplo “dor de estômago”, azia, etc. Por isso, sempre procure o médico quando tiver qualquer sintoma digestivo.

As formas para se identificar a infecção pelo H. pylori são: através de endoscopia digestiva, fazendo teste de urease ou enviando uma amostra do estômago para patologia; exames de sangue e fezes, pesquisando anticorpos contra a bactéria; e testes respiratórios. Todos são capazes de identificar a bactéria, mas a escolha entre eles caberá ao médico, após análise de cada caso.

O tratamento da infecção pelo H. pylori é feito mediante uma associação de 3 medicamentos, sendo 2 antibióticos e mais um inibidor de bomba de prótons (omeprazol, lansoprazol, esomeprazol), por um período de 14 dias.

Após o tratamento, é importante confirmar se a bactéria foi mesmo erradicada. O seu médico poderá indicar qual o melhor exame para essa confirmação, que pode ser por endoscopia ou teste respiratório, dependendo de quais lesões estavam associadas.

 

Lembre-se:

É importante ressaltar que mesmo após a erradicação da bactéria, as pessoas podem ser novamente infectadas, caso entrem novamente em contato, pois a infecção prévia não confere imunidade. Então, é sempre importante manter cuidados de higiene, para prevenir a infecção pelo H. pylori, assim como parasitoses em geral.